De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) em 2014, mais de 400.000 homens passaram por injeções de toxina botulínica. Em relação ao total da população americana masculina, esse número pode não ser significativo. Por outro lado, ele não deve ser ignorado já que representa um aumento de 337% em nesse mercado.
Esse crescimento não é fascinante somente por conta dos números alcançados no mercado, mas por mostrar uma superação do preconceito e da vergonha atrelados a cirurgias plásticas e botox masculinos. Estigmas que foram criados e desenvolvidos pela indústria publicitária ao longo do tempo.
Sempre foi cobrado mais de mulheres quando o assunto é envelhecimento, a sociedade espera que elas se mantenham bonitas e jovens ao passar dos anos. Por conta disso, é aceitável que muitas estejam dispostas a passar pelo bisturi para prolongar a juventude. Homens, por outro lado, acabam deixando as rugas a mostra, usando-as como símbolo de resistência, trabalho duro, experiência e sacrifício.
Dr. Jason Bloom, membro da ASPS, afirma que “Ainda há uma visão errada sobre homens que têm vontade de ter aparência mais jovem, o que faz com que sejam taxados como vaidosos e isso vai contra tudo o que a maioria deles foram ensinados sobre ‘ser homem”.
A ala masculina tem que admitir um fato: sentir a velhice chegando é horrível, não importa a idade. Então, porque não tentar diminuir os efeitos do tempo com o botox, e consequentemente elevar sua autoestima? A sociedade está mudando e quebrar paradigmas faz parte desse processo.
Fonte: SBCP