Cirurgias plásticas reparadoras crescem mais do que as estéticas no Brasil, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a entidade, o que impulsionou o aumento das cirurgias reparadoras foram os casos de câncer de pele- o mais comum dos cânceres- e de cirurgias de redução de estômago e também de reconstrução mamária em decorrência de tumores.
“Após uma perda de peso acentuada, o paciente pode precisar de até cinco plásticas para retirada do excesso de pele da barriga, coxa, braços, mamas e rosto”, diz o presidente da SBCP.
Em 2010, o Supremo determinou que a retirada de pele era parte do tratamento da obesidade e devia ser coberto pelos planos.”
Com a pele sobrando, o paciente tem dificuldade até de se movimentar, é uma das plásticas corretivas menos estéticas que existem”, diz o médico.
Somente as cirurgias de redução do excesso de pele por conta de emagrecimentos cresceram cinco vezes. Já as reconstruções mamárias cresceram quatro.
Câncer
No caso das cirurgias de mama e de câncer de pele, o que cresceu não foi apenas o número de ocorrências da doença, mas a demanda por um procedimento plástico após a retirada dos tumores.
Antes, mais pessoas faziam apenas o procedimento de saúde sem recorrer a uma plástica corretiva depois.
Já no caso das cirurgias bariátricas, o que aumentou de fato o número de procedimentos com a popularização da técnica e acesso pelos planos de saúde.
Cânceres de pele mais agressivos costumam ser tratados em conjunto com um dermatologista. Primeiro, o dermatologista faz a retirada do tumor. Em seguida, o cirurgião plástico cuida para que a cicatriz seja mais discreta possível.
Outros motivos que levam as pessoas a buscarem plásticas corretivas são acidentes (sobretudo domésticos e de trânsito) e defeitos congênitos como lábio leporino e malformações faciais.
Outra explicação para o ganho de espaço das cirurgias reparadoras é que o mercado de plásticas estéticas, que foi alavancado no começo dos anos 2000, pode ter atingido um platô de crescimento.
Fonte: Uol