Há quem diga que o rosto é o cartão de visita. Por isso, quanto menos houver aquelas marcas indesejadas, melhor. Quem não se incomoda com as rugas e as olheiras? Elas estão no topo da lista dos inimigos da boa aparência. E o que dizer das manchas escuras que surgem, principalmente, na face? Essas também são grandes vilãs e recebem o nome de melasma.
O melasma, na prática, é um distúrbio de pigmentação provocado pela hiperfunção do melanócito, célula que produz a melanina. Por conta dessa alteração no funcionamento, aparecem manchas de várias tonalidades. Algumas são acinzentadas, outras variam do marrom claro ao escuro. Elas, apesar de mais frequentes no rosto, podem ocorrer nos braços e no colo.
Não há uma causa específica para explicar o problema, no entanto as pesquisas apontam vários fatores desencadeadores. “O melasma pode ter uma relação com o uso de anticoncepcionais, alteração hormonal e exposição solar. Durante a gravidez, essas manchas também são comuns. Neste caso, podem sumir depois do parto”, explica a dermatologista Drª Darleny Costa Daher.
Pessoas com predisposição genética e histórico familiar têm mais chance de desenvolver. E quantos são os acometidos por essa disfunção? Não há estatísticas que apresentem o número exato de registros, mas sabe-se que as mulheres são mais vítimas do que os homens.
Cada caso exige um tipo de tratamento direcionado para o clareamento da pele. Entre eles, estão o uso de medicamentos e de cremes à base de hidroquinona, ácido glicólico e ácido azeláico. Mas o médico indica ainda uma mudança de hábitos. “É importante deixar claro que o tratamento prevê também uma conversa com o paciente para orientá-lo sobre os horários mais adequados para exposição ao sol, uso de óculos, bonés e protetores solares”, acrescenta a dermatologista Drª Darleny.
A recomendação é antiga, mas deve ser levada à risca. “Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor é a eficácia do tratamento, por isso, as pessoas devem estar atentas. Ao observarem aspectos diferentes no rosto, precisam procurar logo o dermatologista, profissional mais indicado para dizer se é melasma ou não, e orientar sobre a melhor forma de cuidar da disfunção”, alerta a Drª Darleny Costa Daher.